Passada a eleição, a presidente Dilma Rousseff se engajará
pessoalmente na mobilização pela reforma política. De acordo com integrantes do
governo, a intenção é provocar esta movimentação a partir das ruas e no contato
com movimentos sociais. A estratégia foi pensada pela equipe de comunicação
para que, em vez de se tornar alvo de um eminente movimento, como o que ocorreu
em junho do ano passado, Dilma possa capitanear eventuais mobilizações. Além de
se prevenir em relação a possíveis protestos, o governo entende que o
engajamento de Dilma será importante para responder sobre as denúncias de
corrupção na Petrobras, que acabaram influenciando de forma negativa o
desempenho da presidente na campanha. A ideia é apontar a atual forma de
financiamento eleitoral, com dinheiro de empresas privadas, como um dos
princípios da corrupção. O fim do financiamento privado já tem maioria dos
votos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, o
entendimento da Corte ainda não foi concluído devido a um pedido de vista feito
pelo ministro Gilmar Mendes, que acabou postergando sua aplicação nesta eleição.
(IG)