18 setembro 2014

Quadrilha de policiais militares faturou R$ 10 milhões em três anos, diz Ministério Público

Com um esquema de cobrança de propinas na Zona Oeste, a quadrilha supostamente comandada pelo coronel Alexandre Fontenelle de Oliveira, oficial formado pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) que integrava a cúpula da Polícia Militar, faturou cerca de R$ 10 milhões nos últimos três anos. A estimativa foi feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual a partir de extratos e comprovantes de depósitos bancários apreendidos nas casas dos 24 PMs suspeitos de envolvimento com o crime organizado. Os acusados, incluindo ainda três majores e dois capitães, foram presos na segunda e na terça-feira, durante a Operação Amigos S.A., desencadeada pelo Gaeco e pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria estadual de Segurança. O Ministério Público (MP) estadual, que já pediu a quebra do sigilo bancário e fiscal do grupo, também vai solicitar à Justiça autorização para investigar as movimentações financeiras feitas por parentes dos policiais presos. Há a suspeita de que boa parte da fortuna arrecadada no esquema de cobrança de propinas tenha sido usada na aquisição de imóveis e veículos em nome de familiares dos PMs. Promotores que acompanham o caso esperam mensurar com o máximo de precisão os ganhos obtidos pela quadrilha para solicitar o bloqueio de bens e contas bancárias. Para cumprir esse objetivo, o Gaeco vai contar com o apoio de técnicos do MP especializados em investigações de lavagem de dinheiro.
(O Globo)
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