Mesmo com
seu registro de candidatura ao governo do Distrito Federal (GDF) negado pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-governador José Roberto Arruda (PR)
segue normalmente em campanha. Uma campanha com poucos assessores e cabos
eleitorais. Nas caminhadas quase solitárias, ele pede prece aos seus eleitores,
ouve gritos de “ladrão” de outros e pede voto até para repórteres. Arruda teve
seu registro de candidatura negado por aplicação da Lei da Ficha Limpa, após a
2ª Câmara Criminal do Distrito Federal confirmar sua condenação pelo crime de
improbidade administrativa, por envolvimento no mensalão do DEM. O esquema de
corrupção foi desarticulado pela Polícia Federal em 2009, durante a Operação
Caixa de Pandora. Arruda promete recorrer no Supremo Tribunal Federal (STF) e
no próprio TSE para continuar candidato. Nas suas caminhadas pelo Distrito
Federal, Arruda já fez um pouco de tudo. Regeu orquestra de música, comeu
pastel em feira popular, engraxou sapatos em centros comerciais e até discursou
em um palanque improvisado. Mais precisamente uma caixa de madeira. Suas
caminhadas têm pouca gente em volta. Apenas poucos assessores e cabos eleitorais
integram a chamada “comitiva verde” nas cidades de Brasília. Normalmente, uma
comitiva que gira entre 10 a 15 pessoas. Sempre que pode, Arruda também evita o
assédio da imprensa. Apesar do otimismo das palavras, a apatia da campanha é
flagrante. Arruda tem um semblante abatido e cansado. Na última quarta-feira
(27), emocionou-se a falar sobre o indeferimento de sua candidatura a
correligionários na sede do PR. Arruda pede constantemente orações aos seus
eleitores. Quase como se pedisse um milagre a essa altura da campanha. A
questão é que especialistas em Direito Eleitoral ouvidos pelo iG confirmam que,
de fato, “apenas um milagre” salva a candidatura de Arruda.
30 agosto 2014
Reginaldo Monteiro
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