O uso excessivo do celular, além de
causar distúrbios psicológicos e do sono, também pode ocasionar problemas
relacionados aos ossos, articulações e até mesmo à pele. Por exemplo, o hábito
de realizar sempre o mesmo movimento com os dedos para digitar, ou até mesmo
segurar constantemente o dispositivo com uma das mãos, pode favorecer o
aparecimento de uma série de complicações.
Dores articulares nas mãos – De acordo com um estudo
conduzido pela Universidade de Gothenburg, na Suécia, e publicado em
março deste ano, movimentos altamente repetitivos com o polegar têm sido
identificados como um potencial fator de risco para distúrbios
musculoesqueléticos relacionados ao uso de telefones celulares,
pois esta repetição excessiva de um único movimento pode ocasionar um efeito
inflamatório e, posteriormente, degenerativo nas articulações e tendões das
mãos, dedos e pulsos.
Envelhecimento
precoce da pele do pescoço – O hábito contínuo de inclinar a cabeça para baixo
para visualizar o celular está acelerando o processo de envelhecimento em uma
região difícil de tratar: o pescoço. De acordo com um estudo da Universidade de
Chung-Ang, na Coreia do Sul, mulheres a partir dos 29 anos já apresentam vincos
nessa área, enquanto o natural seria apenas depois dos 40. Uma das razões
citadas no estudo foi o uso exagerado do celular.
Acne – Os aparelhos concentram um alto
número de bactérias e sujidades que são carregadas até o rosto, principalmente
no contato direto com o celular ou se a pessoa tem o costume de passar a mão na
face, e isso acaba auxiliando na formação de espinhas.
Manchas e melasma – A luz visível emitida pelo celular
também é prejudicial a nossa saúde, pois pode favorecer o surgimento de manchas
escuras e desencadear ou piorar certas doenças de pele. Isso acontece porque a
luz visível estimula a melanogênese, ou seja, a pigmentação, sendo um fator
importante de piora do melasma e de doenças que apresentam fotossensibilidade,
como o Lúpus e a rosácea. Além disso, a luz visível também causa inflamações,
danos nos tecidos e age diretamente no DNA das células, pois, ao interagir com
a melanina, pigmento que dá cor à pele, ela gera uma forma de oxigênio
altamente reativa que deteriora inclusive o material genético celular.
Alergia – Além disso, alguns componentes dos
celulares, como o cromo e o níquel, estão relacionados com o aumento do número
de alergias na pele. Segundo a Associação Britânica de Dermatologistas, a
alergia a níquel afeta 30% da população no Reino Unido e figura entre as
dermatites de contato mais comuns. E o pior é que o níquel está em quase todo o
celular: desde a bateria de lítio (que traz níquel na composição) até o fio de
ligação de cada chip (que é revestido com a substância), passando pelo
microfone, eletrônica e revestimentos decorativos.
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