Em entrevista ao “Correio Braziliense” de hoje, o ex-chefe da
PGR, Rodrigo Janot disse que não tem “amigo com 51 milhões em apartamento”,
referindo-se diretamente a Temer e a Geddel. Disse, também, que a defesa do
presidente passou a atacá-lo, dada a dificuldade de rebater provas robustas
como a mala de Rocha Loures e a recomendação – “tem que manter isso” – quando
Joesley disse que estava de bem com Eduardo Cunha “todo mês”. "Existem
estratégias de defesa. Quando o fato é chapado, quando o fato é mala voando,
são R$ 51 milhões dentro de apartamento, gente carregando mala de dinheiro na
rua de São Paulo, gravação dizendo “tem que manter isso, viu?”, há uma
dificuldade natural para elaborar defesa técnica nesses questionamentos
jurídicos. E uma das estratégias de defesa é tentar desconstruir a figura do
acusador. É assim que eu vejo. De repente, passo a ser o vilão da história, o
dito vilão da história, porque há necessidade de desconstituir a figura do
acusador. O que fizeram comigo vão fazer com outros. Tenha certeza absoluta",
disse o ex-PGR. Janot acha que poderão até acusá-lo de receber dinheiro
do seu ex-braço direito, Marcelo Miller, o que repeliu com vigor. "Vão
tentar usar todo mundo e tudo contra mim… Tudo é possível, vão tentar
desconstituir a figura do investigador. Não levei dinheiro do Miller nem
autorizei ninguém a receber mala de dinheiro em meu nome. Nem tenho amigo com
R$ 51 milhões em apartamento", afirmou.
(Brasil247)
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