Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo
de Michel Temer, foi preso preventivamente nesta segunda-feira (3). O Ministério
Público Federal (MPF) argumenta que ele agiu para atrapalhar investigações, ao
tentar barrar possíveis delações premiadas do ex-presidente da Câmara Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) e do doleiro Lúcio Funaro. Segundo o MPF, Geddel tem atuado
para garantir que Cunha e Funaro recebam vantagens indevidas e para constranger
o doleiro a não fechar o acordo. Na petição apresentada à Justiça, foram
citadas mensagens enviadas recentemente (entre os meses de maio e junho) por
Geddel à esposa de Lúcio Funaro. Para provar, tanto a existência desses
contatos quanto a afirmação de que a iniciativa partiu do político, Funaro
entregou à polícia cópias de diversas telas do aplicativo. Nas mensagens, o
ex-ministro, identificado pelo codinome “carainho”, sonda a mulher do doleiro
sobre a disposição dele em se tornar um colaborador do MPF. Para os
investigadores, os novos elementos deixam claro que Geddel continua agindo para
obstruir a apuração dos crimes e ainda reforçam o perfil de alguém que reitera
na prática criminosa.
(G1)
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