O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes vai
assumir a relatoria do inquérito que apura supostos atos criminosos do senador afastado
Aécio Neves (PSDB) denunciados por ex-executivos da Odebrecht. O
processo até então era relatado pelo ministro Edson Fachin, responsável pelos
processos da Operação Lava Jato no Supremo. A redistribuição do
inquérito contra Aécio Neves atende a pedido
do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que alegou não ver
ligação direta entre os fatos narrados pelos delatores da construtora e os
crimes ligados ao esquema na Petrobras. A medida de 'desafogar' os responsáveis
pela Lava Jato já havia sido adotada no início da semana em investigações
contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (PT) e o
ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB). De acordo com a Procuradoria-Geral
da República, os ex-executivos da Odebrecht indicaram o
pagamento de "vantagens indevidas" a Aécio e seus aliados durante a
campanha para a eleição presidencial de 2014. O tucano é acusado pelos
procuradores da Lava Jato de ter praticado os crimes de corrupção ativa,
passiva e lavagem de dinheiro. O inquérito foi aberto no STF em abril deste
ano por ocasião da chamada 'lista de Fachin', na qual Aécio foi alvo de
cinco pedidos de investigação. O tucano foi citado nas delações feitas por
Marcelo Bahia Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Sérgio Luiz Neves,
Cláudio Melo Filho e Henrique Valladares.
(IG)
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