20 maio 2017

PESQUISA: Diferença de renda entre brancos e negros cresce com desemprego

O avanço do desemprego fez a desigualdade de renda entre brancos e negros voltar a crescer, interrompendo um processo de redução que se iniciara na década passada. Entre 2015 e o primeiro trimestre deste ano, a remuneração recebida por brancos em todos os trabalhos teve variação positiva de 0,8%. Já o rendimento de pardos caiu 2,8% no período, e o de pretos, 1,6%, de acordo com dados e classificação do IBGE. Até então, a situação era inversa: entre o primeiro trimestre de 2012, início da série histórica, e o último de 2014, o rendimento de pretos cresceu 8,6%, o de pardos, 6,5%, e o de brancos, 5,6%. O resultado é que um negro ganha 56% do rendimento médio de um branco, ante 59% no último trimestre de 2014. Já a renda do trabalho dos pardos é equivalente a 55% da que os brancos têm - no fim de 2014, era de 57%. A principal explicação para o retrocesso é a diferença de inserção profissional. Enquanto quase metade dos brancos está empregada em vagas com carteira, os negros concentram-se no mercado informal, em vagas sem carteira ou como autônomos, segundo dados de 2015 do Ipea.
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