Um bombardeio aéreo que liberou "gás tóxico" na província de
Idlib, norte da Síria, matou 58 pessoas, entre elas nove crianças, nesta
terça-feira (4), de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos
(OSDH). De acordo com a ONG, que não sabe que tipo de gás foi liberado, os
civis morreram por asfixia em Khan Sheikhun. Dezenas apresentaram problemas
respiratórios, vômitos e desmaios. O ataque aconteceu no dia que marca o início
de uma conferência de dois dias em Bruxelas sobre o futuro da Síria, com
mediação da União Europeia e da ONU. Fotos de ativistas mostram voluntários dos
Capacetes Brancos, grupo de socorristas na zona rebelde, no momento em que
tentavam ajudar os feridos. Eles jogam água no rosto das pessoas e pelo menos
dois homens aparecem com espuma branca ao redor da boca. A oposição síria pediu
ao Conselho de Segurança da ONU a abertura de uma investigação sobre o ataque
com "gás tóxico" no noroeste do país. A Coalizão Nacional, principal
grupo da oposição síria, pede em um comunicado ao Conselho de Segurança que
"convoque uma reunião urgente após este crime e abra uma investigação
imediata". A nota acusa o "regime do criminoso Bashar al-Assad"
de ter executado os bombardeios contra Khan Sheikhun com "obuses que
continham gás químico".
(globo.com)