26 abril 2017

SANGUE NO CAMPO: Brasil é recordista mundial em assassinatos de sem-terras

Em pouco mais de uma semana, dez trabalhadores rurais e lideranças sem-terra foram assassinados no Brasil, mostrando o recrudescimento desses crimes nos últimos anos. Reportagem do jornal francês Le Monde revela que o Brasil é recordista mundial nestes crimes, com 207 pessoas eliminadas de 2010 a 2015 em conflitos pela posse de terra. Citando estatísticas da ONG Global Witness e as 61 mortes contabilizadas só em 2016 pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Le Monde lembra de mortes emblemáticas que tiveram repercussão internacional, como as do sindicalista Chico Mendes, em 1988, e de missionária Dorothy Sang, em 2005. De Norte a Sul e de Leste a Oeste, praticamente não há hoje uma única região brasileira que não registre mortes ou conflitos entre fazendeiros e grandes proprietários de terras. Esse número só vem crescendo e ano para ano, conforme a 31ª edição do relatório da CPT que reúne números da violência contra trabalhadores rurais, indígenas, quilombolas e outras minorias. Se em 2016 foram 61 assassinados, em 2015 foram 50 — o maior número então nos últimos 12 anos — e 36 em 2014.
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