Pesquisadores de mais de 500 cidades do planeta vão protestar neste sábado, Dia Internacional da Terra, pela valorização da produção de conhecimento científico. A mobilização começou nos Estados Unidos e é apontada como uma reação às posturas adotadas pelo presidente Donald Trump, como o descrédito em relação às mudanças climáticas. No Brasil, os cientistas aproveitaram o gancho para reivindicar mais recursos para a área, que vem sofrendo cortes. A ciência nos dá a capacidade de examinar questões, permitindo-nos criar melhores políticas e regulamentos que sirvam aos nossos melhores interesses. A tomada de decisões políticas que afetam a vida dos americanos e do mundo em geral deve fazer uso de evidências revisadas por pares e que sejam do consenso científico, não de caprichos e decretos pessoais”, critica um dos documentos feitos pelos organizadores da Marcha, nos EUA. A comunidade científica brasileira, por sua vez, reivindica maior valorização da área, sobretudo em termos financeiros. No mês passado, o presidente Michel Temer contingenciou R$ 2,5 bilhões do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Os pesquisadores argumentam que a medida será um atraso para o país que, em 2015, teve cerca de 61 mil artigos científicos publicados, ficando em 13º lugar no ranking mundial de produção científica.
(O Globo)