A água é o recurso mais importante para garantir a vida na Terra. Sem
ela, nada sobrevive. Entretanto, será que esse tema tem recebido a devida
atenção por parte da sociedade? É por esse motivo que se celebra nesta
quarta-feira (22) o Dia Mundial da Água, data marcada por eventos que visam
conscientizar a população, o poder público e as empresas sobre a necessidade de
se economizar e tratar adequadamente este precioso bem. Segundo dados da ONU
(Organização das Nações Unidas), cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundo
não têm acesso a um abastecimento adequado. Ou seja, não têm à disposição pelo
menos 20 litros diários de água a uma distância de até um quilômetro.
Considerando a escassez, a entidade criou o Dia
Mundial da Água em 1992 e, desde então, a data ganha importância a cada ano. Na
declaração da ONU Água feita em 2010 especificamente para essa data, a entidade
destacou que “há uma necessidade urgente para a comunidade global – setores
público e privado – de unir-se para assumir o desafio de proteger e melhorar a
qualidade da água nos nossos rios, lagos, aquíferos e torneiras”. Em 2015, a
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável foi assinada por 193 membros da ONU . O documento
prevê 17 objetivos a serem cumpridos até 2030, entre ele a busca por “assegurar
a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos”. No
Brasil, os ministérios do Planejamento e do Meio Ambiente irão aproveitar a
data para a divulgação de novas tecnologias. Será montado em Brasília um
protótipo do projeto Salta-Z, que é um filtro alternativo para o tratamento de
água muito utilizado nas comunidades rurais. O projeto foi criado na região
Norte com o objetivo de providenciar água potável a comunidades ribeirinhas.
Segundo o governo federal, o sistema é composto por carvão ativado de ossos
bovinos, pedriscos, areia e por um clorador que realiza a desinfecção da água,
tornando-a apta para consumo humano. O custo é 25% menor do que um filtro
tradicional. Em São Paulo, a Sabesp (Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo) anunciou a criação do programa Água
Legal, cujo objetivo é evitar a perda de 3,3 bilhões de litros em ligações
clandestinas. Cerca de 600 mil pessoas serão beneficiadas. O investimento é de
R$ 162 milhões até 2018.
(IG)