09 março 2017

ACABOU A FESTA: Pela Tática Noboa, Odebrecht vai dar pernada de anão em toda Brasília

A análise de dados armazenados em um iPhone de Marcelo Odebrecht, apreendido pela Polícia Federal (PF) na casa do executivo em 19 de junho, há dois anos quase ,e feita pelo MPF, trouxe um equívoco da Procuradoria. Num grupo de anotações Marcelo pergunta se deve se expor e revela sua preocupação com a prisão: “tática Noboa de eu me expor? Nosso risco eh a prisão”. Também chamou a atenção dos agentes federais uma citação, também sem data, que diz “trabalhar para para/anular (dissidentes PF)”. Os agentes escreveram, em seu relatório, que Marcelo teria a intenção de usar os “dissidentes” para de alguma forma atrapalhar o andamento das investigações. Não foi possível esclarecer a que se referia a tática “Noboa”.
Os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato acreditam que Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da Odebrecht, tinha um plano para fugir do Brasil. Segundo os investigadores, a expressão “tática Noboa”, que consta nas mensagens de celular do executivo, era uma “evidente referência” a Gustavo Noboa, ex-presidente do Equador que, em 2003, fugiu de seu país ao ser acusado de malversação de fundos na renegociação da dívida externa.
Vou explicar o que era a tática Noboa: Gustavo Noboa, ex-presidente do Equador, quando caiu nos grampos da justiça, bolou algo com sua assessoria: vazar o nome dele mesmo e de seus opositores, que também constavam duma lista de corrupção paga. Assim, Noboa colocou toda a sua oposição contra a operação que o acusou. O MPF leu errado o grampo em Marcelo Odebrecht. A Tática Noboa foi, num primeiro momento: botar toda a oposição no saco da Lava Jato para poder contar com todo o Legislativo oposicionista ao PT para que ajudem a ferrar a Lava Jato.
A Tática Noboa é: estamos todos no mesmo saco. Mas como o PMDB não esvaziou a Lava Jato, a Odebrecht vai atirar contra todos. A política como a conhecemos vai ser liquefeita…
Vamos aos fatos: Marcelo Odebrecht foi preso em junho de 2015, no âmbito da Lava Jato, e pelo seu acordo de colaboração premiada deve permanecer na carceragem da Polícia Federal em Curitiba até o final deste ano. “Eu não era o dono do governo, eu era o otário do governo. Eu era o bobo da corte do governo”, disse Marcelo Odebrecht em seu recente depoimento. A frase é um tiro de aviso: o bobo da corte de bobo não tem nada. Quase todos serão rifados: em breve…
(Por Claudio Tognolli)
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