Pouco mais de dez meses depois que o Ministério Público deu início a uma operação que iria desmantelar o esquema de
desvio de verbas nas merendas das escolas em São Paulo, as investigações ainda
não avançaram na Assembleia
Legislativa do Estado. Para tentar entender o quebra-cabeça, eis
as questões:
Qual é o esquema?
Para garantir a vitória da Coaf nas licitação, pessoas ligadas à
cooperativa criaram outras duas empresas que se cadastravam nos processos. “Os
orçamentos já chegavam superfaturados”, explica Alexandre de Moraes, secretário
de Segurança Pública de SP, em nota publicada no site da pasta.
Como funcionava?
Os lobistas seriam Marcel Ferreira Júlio, filho do ex-deputado Leonel
Júnior (PSDB), e o vendedor da Coaf César Bertholino. Ambos prometiam um lucro
de 5% a 25% no valor total dos contratos. Outras informações foram obtidas por
meio de interceptações telefônicas.
Quem se beneficiava?
O deputado Duarte Nogueira publicou, em sua conta oficial no Facebook,
que deixaria secretaria em SP por outros motivos fora da investigação e que seu
nome já havia sido arquivado das investigações. Tentamos contato com o ex-chefe de gabinete, mas ele não foi encontrado
para se pronunciar.
Quem já foi preso?
Completam a relação Joaquim Geraldo Pereira da Silva (empresário de
Campinas), Carlos Eduardo da Silva (ex-diretor da Coaf) e Luis Carlos da Silva
Santos (ex-vendedor da cooperativa).
(exame.com)