Perguntam-me o que penso sobre políticos passarem a frequentar Templos Religiosos quando se aproximam campanhas eleitorais, e eu respondo com o
que a vida tem me ensinado: sonho com o dia em que poderei escolher um
candidato por suas propostas ou por sua história na vida pública, com o
dia em que verei políticos fazendo campanha longe dos púlpitos e eventos
religiosos por absoluto respeito. Afinal, a pregação do verdadeiro Deus não se
mistura com os vis e vãos poderes da politicagem.
Li um trabalho do Pastor Hernandes Dias Lopes (Doutor em Ministério),
sobre Romanos 13.1-7, considerado um dos textos mais importantes da história
sobre a questão política porque, segundo ele, a palavra de Deus estabelece
princípios claros acerca do papel do Estado e da responsabilidade dos cidadãos.
“Nossa sujeição às autoridades não é submissão servil, mas submissão crítica e
positiva. A relação entre a Igreja e o Estado deve ser de respeito e não de
subserviência”, defende o pastor em trecho que me chamou atenção.
Algumas coisas para mim são cristalinas. Púlpito é
para a pregação das Boas Novas de Cristo, não para indicação de candidatos ou
utilização por quem dispute cargo político, ainda que seja este do agrado de um
ou mais membros da Igreja. Sempre defendi que os fiéis de qualquer
denominação religiosa devem ser motivados a pensar. O fato de terem a opção de
escolher por si só os candidatos ao poder político é um exercício de
raciocínio e pensamento. Sendo responsáveis pelos que colocam no poder, com a
prática democrática tenderão a optar pelo melhor.
Creio
que os cristãos têm todo o direito e dever de discutir política, de
estudar os candidatos, de votar em quem imaginem mais preparados para o cargo
que se disponham a concorrer. Procuro resguardar a política praticada com eficiência e eficácia, por
ser aquela que defende o direito de todos sem distinção, que luta por melhores
condições de vida para o povo. Por isso também, sonho com o dia em que os
políticos serão exemplo de cidadania e seriedade no Brasil.
Reginaldo
Monteiro