Por meio de seu advogado Andrea Buondonno, a brasileira Iris
Berardi negou que tenha mantido "relações íntimas" com o
ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, como apontam as investigações do
processo "Ruby Ter", em que ele pode responder por corrupção contra o
sistema judiciário e falso testemunho. Durante o inquérito, a Procuradoria de
Milão descobriu um suposto diário pessoal em que Berardi relataria como eram as
orgias em Arcore, uma das mansões do ex-premier. No entanto, ela alega que o
documento é na verdade o rascunho de um livro. "Leio em uma agência sobre
um manuscrito tomado como um relato autobiográfico. Querem fazê-lo passar por
diário, mas não é um diário! São os rascunhos de um livro de aventuras, de amor
e de sexo que eu queria escrever. No caderno, eu escrevi, entre outras coisas,
'não sei se esse livro será publicado algum dia'", diz uma nota divulgada
pelo advogado da brasileira. Segundo ela, ninguém de boa fé pode atribuir-lhe
as experiências vividas pela "protagonista" de sua suposta obra.
"Nunca vi em Arcore coisas obscenas ou orgias, e nem tive relações íntimas
com Berlusconi", acrescenta.
(Band)