29 junho 2015

OPINIÃO: Abrigos nos pontos de ônibus, concessão e responsabilidades

Leio em coluna do jornal “O Eco – Pederneiras”, edição mais recente, uma questão interessante e intrigante ao mesmo tempo, relacionada a justa cobrança que alguns vereadores fazem à empresa concessionária do serviço de transporte coletivo, a Auto Viação Jauense. O tema diz respeito aos abrigos nos pontos de parada dos ônibus que atendem as linhas previamente determinadas. Há também, na mesma coluna, uma explicação do vereador e presidente da câmara municipal, na verdade uma tentativa de responsabilizar apenas a empresa e “tirar da reta” (tentar convencer de que é inocente, apesar de ter parte da culpa) o que cabe à administração municipal nesse caso.

Realmente, a responsabilidade pela construção e manutenção dos abrigos, segundo o edital de licitação a que tive acesso, é da Jauense. O contrato certamente seguiu as previsões do edital, até porque não poderia ser diferente. Mas que fique claro, ao poder concedente e exclusivamente a ele (administração municipal) cabe aplicar penalidades regulamentares e contratuais, cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do serviço e as cláusulas contratuais, zelar pela boa qualidade do serviço, apurar e solucionar queixas e reclamações e respondendo as reclamações em até 30 dias, sobre as providências tomadas, além de extinguir a concessão por descumprimento contratual (art. 29 da lei 8.987/95). Cabe lembrar também, que não apenas a regulamentação do serviço concedido, mas a fiscalização permanentemente à sua prestação é também encargo do poder concedente, no caso, a administração municipal.

Assim, diria que tendo cobrado e pressionado corretamente a Jauense, em razão da não construção e/ou manutenção de abrigos em pontos de parada dos ônibus, conforme determinado pelo edital de licitação e contrato de concessão, ao invés de buscar isentar a administração municipal, caberia um bem redigido e aprovado pelos representantes do povo no legislativo local, requerimento de informações para que o chefe do executivo municipal, o prefeito Camargo (PSB), esclareça quais providências estão sendo adotadas em relação ao caso. O serviço está em curso, mas obrigações da concessionária estão sendo deixadas de lado, segundo consta. Afinal, não deve parecer que haja conivência de quem de direito.

Reginaldo Monteiro
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