O vereador Adriano do Postinho (PRP), enquanto presidente da câmara municipal
de Pederneiras, argumentou na sessão da última segunda-feira (6) –
indevidamente, porque não pode debater proposições no exercício da presidência
-, que as pessoas que foram contempladas com moradias do Bairro Pederneiras
III, oriundas do Programa Minha Casa Minha Vida a custo zero para famílias com
vulnerabilidade social sequer teriam ido à Caixa Econômica Federal para ter acesso
ao contrato e conhecimento do seu teor. “Ninguém foi lá fazer solicitação
desses contratos ainda”, disse Adriano , referindo-se a uma conversa que teria mantido
com o gerente da CEF local a respeito e que teve acesso a um dos contratos (vídeo
abaixo).
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social, por sua
titular Iêda Bertolini, declarou ao jornal local Pedra de Fogo, edição do
último dia 11, que tais contratos existem. “No contrato rezava que as moradias
seriam entregues sem muros, sem forro e o piso seria de cimento”, disse.
Já o também semanário local O Eco Pederneiras, com edição do mesmo dia
11, traz material sobre os contratos. Segundo informa, os moradores estariam
ainda aguardando os tais contratos. “Segundo a Assessoria de Imprensa da
Prefeitura, as peças [contratos] foram encaminhados para colher as assinatura
dos representantes do Ministério das Cidades, das construtoras e dos bancos
envolvidos, para somente depois desses trâmites serem disponibilizados aos
adquirentes dos imóveis”, destacou o jornal.
O que já parecia imbróglio (confusão) ficou ainda mais complicado. Uma
história que precisa ser devidamente esclarecida, mas, ao que parece, depende
agora de disposição e boa vontade individual, para que tudo seja devidamente
esclarecido, uma vez que a maioria dos vereadores pederneirenses rejeitou
requerimento do vereador Chapéu (PSDB), que solicitava audiência pública com a
presença dos órgãos envolvidos, empresas que atuaram nas construções e a promotoria de justiça local.