24 abril 2015

Polícia Federal e Ministério Público travam guerra de lobby no Congresso

As entidades de classe da Polícia Federal iniciaram um corpo a corpo no Congresso a partir desta semana para tentar aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 412, que prevê autonomia financeira e administrativa do órgão. A campanha tem o objetivo de furar as articulações já realizadas por representantes do Ministério Público Federal (MPF), que é contra, e convencer o governo e o Legislativo de que se um dos temas prioritários da agenda política é o combate a corrupção, a melhor ferramenta é uma Polícia Federal desvinculada do poder e com liberdade orçamentária. Se aprovada, a PEC 412 dará à Polícia Federal prerrogativa de gerir seus próprios recursos e, com liberdade funcional, organizar uma estratégia permanente, com operações mais robustas, contra as quadrilhas envolvidas no desvio de recursos públicos, como a detectada pela Operação Lava Jato na Petrobras. As entidades também querem que o diretor geral da PF, que atualmente é indicado pelo ministro da Justiça, seja sabatinado e aprovado pelo Senado. Um dos principais obstáculos à pretensão da PF é justamente o MPF, especialmente depois que as duas instituições entraram em guerra aberta na disputa pelo comando das investigações contra os políticos contra os quais foram abertos inquéritos a pedido do procurador Geral da República, Rodrigo Janot. Na semana passada, Janot suspendeu depoimentos de políticos que haviam sido marcados pela PF e teve sua decisão apoiada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da Lava Jato.
(IG)
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