A Secretaria da Educação do
Estado de São Paulo divulgou nota nesta sexta-feira (27) sobre a greve dos
professores iniciada no dia 16 de março. Segundo a pasta, a paralisação é
“ofensiva aos pais e alunos paulistas” e “injustificável”. Cerca de 100 mil
professores estaduais participaram, nesta tarde, da terceira assembleia da
categoria realizada neste ano. O cálculo é dos representantes do Apeoesp (Sindicato
dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo), organizador do encontro onde
foi votada a continuidade da greve. Segundo a Polícia Militar, 2 mil docentes
se reuniram embaixo e na frente do vão do Masp (Museu de Arte de São
Paulo). A secretaria afirma que os professores receberam “aumento
salarial há sete meses, em agosto de 2014, o que consolidou um reajuste de
45%”. Alega-se também que a greve foi deflagrada sem qualquer tentativa prévia
de negociação com a pasta. “Neste contexto, a Secretaria discorda da conduta da
Apeoesp que, com o objetivo de inflar o movimento, tem encorajado os pais a não
levarem seus filhos para a escola, privando-os assim do direito incontestável
de aprender. A Secretaria reitera que as escolas permanecem em funcionamento e
com atividades garantidas”, diz outro trecho da nota. Segundo a assessoria de
imprensa do órgão, a média de comparecimento dos professores nas escolas
estaduais ficou em 92% ao longo da semana. A Apeoesp afirma que aproximadamente
60% da categoria aderiu à paralisação. Os docentes reivindicam 75,33% de
aumento salarial como necessário para a equiparação salarial com os
profissionais de ensino superior completo (como determina o Plano Nacional de
Educação). Além disso, exigem a plena aplicação da jornada do piso, a
reabertura de classes fechadas, o imediato desmembramento das salas
superlotadas, uma nova forma de contratação de professores temporários, aumento
dos vales-transporte e refeição, transformação do bônus em reajuste salarial e
água em todas as escolas para todos.
(R7)