O Senado aprovou nesta quarta-feira (17) a Medida
Provisória 656, com a inclusão de uma emenda que prevê reajuste de 6,5% na
tabela do imposto de renda. A aprovação ocorreu horas após o texto ser
chancelado pela Câmara. A matéria segue agora para sanção da Presidência da
República. O reajuste na tabela do Imposto de Renda foi proposto pela liderança
do DEM na Câmara com base no IPCA. O objetivo da medida é compensar a perda
inflacionária no ano. A correção, porém, é maior do que a desejada pelo
governo, que defendia reajuste de somente 4,5%, equivalente ao centro da meta
de inflação. Durante entrevista coletiva nesta quarta no Palácio do Planalto, o
ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini afirmou que o reajuste do
imposto de renda para 6,5% "não era a posição do governo". Caso a
medida provisória seja sancionada pela presidente Dilma Rousseff sem vetos,
pessoas que ganham até R$ 1.903,98 ficarão isentas de imposto de renda. Atualmente,
o teto de isenção é de R$ 1.787,77. O reajuste de 6,5% seria aplicado também
nas demais faixas da tabela. A correção da tabela era uma das promessas na
campanha à reeleição de Dilma, mas possivelmente o reajuste seria mantido em
4,5%. Ainda durante o período eleitoral, uma medida provisória, a MP 644, que
tratava do assunto, perdeu a validade. Segundo parlamentares governistas, o
Planalto havia sinalizado que enviaria um novo texto com proposta de reajuste
na semana que vem, quando tem início o recesso parlamentar, para que só fosse
analisado no ano que vem.
(G1)