O governo dos Estados Unidos pagou milhões de dólares em pensões
a dezenas de suspeitos de serem criminosos de guerra nazistas após forçá-los a
deixar o país, segundo investigação da agência Associated Press. Os
pagamentos foram realizados graças a uma brecha legal. Alguns dos suspeitos
recebem pensão até hoje. Entre eles estão pessoas suspeitas de terem atuado
como guardas em campos de concentração nazistas. O Departamento de Justiça dos
EUA afirma que os benefícios são pagos a indivíduos que renunciam à cidadania
americana e deixam o país voluntariamente. Mas o fato de dinheiro público ter
sido usado para isso tem causado protestos. A congressista democrata Carolyn
Maloney, que integra um comitê de reforma governamental, pediu que o caso seja
investigado, por se tratar de um "mau uso grosseiro de dinheiro dos
contribuintes", e que essa brecha legal seja corrigida por novas leis. Acredita-se
que quatro suspeitos de crimes durante a 2ª Guerra Mundial ainda estejam
recebendo o benefício previdenciário. Um deles é um ex-guarda da SS
(organização nazista que atuava como serviço de inteligência e protegia os
campos de concentração) Martin Hartmann, que já admitiu seu passado nazista; o
outro é Jakob Denzinger, ex-segurança do campo de Auschwitz.
(Último Segundo)