O salário mínimo no Brasil passou de R$ 64,79 em 1994 — quando foi criado o Plano Real — para R$ 724 atualmente. Nesta semana, o governo federal apresentou a previsão de gastos para o próximo ano, no qual inclui o valor de R$ 788,06 para o mínimo. Se o Congresso aprovar a proposta, o salário terá aumentado 12 vezes em 20 anos. Desde que o real entrou em circulação, poucas vezes o salário mínimo subiu menos do que a inflação. A fórmula que reajusta o valor leva em conta a inflação e o resultado do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) dos dois anos interiores, mas ela só vale até 2015. De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), 48,2 milhões de pessoas têm o rendimento atrelado ao salário mínimo. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) afirma que o aumento do mínimo beneficia 58,2% dos trabalhadores da região Nordeste e 44,2% dos trabalhadores da região Norte. Apesar do ganho real, ao longo dos 20 anos, para que o brasileiro pudesse ter acesso aos itens básicos como saúde, educação e alimentação, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.915,07 em julho deste ano, segundo o Dieese.
(R7)