Estava
a pensar no assunto corrupção, e, por sua vez, nas declarações do candidato
neoliberal e do PSDB, Aécio Neves. O tucano mineiro está em terceiro lugar na
corrida presidencial. Desprovido de programa de Governo e projeto de País,
recorre, malandramente, a temas como corrupção, o mote preferido dos
conservadores desde os tempos da UDN de Carlos Lacerda, político radical de
direita e conhecido também pela alcunha de o Corvo.
Aécio Neves se considera uma pessoa muito preocupada com a
corrupção, a começar pelo Mensalão do PSDB, cujo protagonista é seu aliado, o
ex-governador de Minas Gerais, o tucano Eduardo Azeredo. Além disso, o
candidato a presidente dos tucanos e dos coxinhas que defendem os interesses
dos ricos, sem, contudo, serem ricos, esquece que o publicitário Marcos
Valério, o operador de mensalões e que ora se encontra preso é oriundo das
fileiras do PSDB — o mineiro.
Contudo, Aécio Neves, senador de medíocre atuação no Senado,
continua a seu bel-prazer a falar sobre corrupção, de forma que se alguma
pessoa estiver em uma condição de desavisada, ou o é meramente alienada,
embarca em seu discurso vazio e pouco inteligente, mas cheio de malícia e
veneno.
Um discurso recorrente e mais velho do que andar para frente,
mas que se tornou a única forma de a direita combater os trabalhistas e
republicanos que estão no poder, assim como o fizeram nos tempos de Getúlio, JK
e Jango. O velho e mofado discurso golpista e, com a proximidade das eleições,
revigorado. Portanto, criminoso, porque sem veracidade — mentiroso, aos moldes
udenistas e com o apoio obscurantista dos magnatas bilionários de imprensa de
negócios privados e seus empregados de confiança, que são piores do que os
patrões.
E por que isto acontece ciclicamente? Porque a direita, no caso
o PSDB (DEM/PPS), não tem propostas concretas, que objetivam melhorar ainda
mais as condições de vida do povo brasileiro, bem como superar o que o PT já
fez nos últimos 12 anos, em termos sociais e econômicos. Ponto! A Casa Grande
nunca fez e não quer fazer nada para o povo.
(Davis Sena Filho)