O Jornal da Cidade, de Bauru,
publica em sua edição de hoje (05) matéria sobre o fornecimento de bebidas
às barracas das entidades sociais de Pederneiras durante a
Feira das Nações, realizada no último mês de maio.
Segundo a reportagem, PMDB, PT,
PSDB, PTB, PSD e PCdoB protocolaram representação ao Ministério Público
pleiteando esclarecimentos. Ao que
pontuam, alguém poderia sido “plantado” para ter exclusividade na venda de
cerveja, refrigerante e água mineral.
É certo que as entidades sociais
aceitaram o preço final para a aquisição das bebidas. Tanto que sem alternativa, ao que parece, pactuaram com o único fornecedo apresentado a elas. Mas esse
não é o cerne da questão.
O que se faz necessário esclarecer,
além do porque da apresentação pela comissão organizadora de fornecedor
exclusivo para que as entidades sociais adquirissem dele as bebidas, qual a
razão de contratar alguém que compra esses produtos em fornecedora tradicional de
eventos da região, que também disponibilizou a estrutura necessária ao
funcionamento das barracas (jogos de mesa, freezer, transporte das bebidas, etc).
Ou alguém lucrou no caminho, ou
simplesmente o fornecedor de Jaú atuou apenas com o coração, não ganhando nada com isso. Quem seria capaz
de afirmar que não houve dividendos para quem intermediou? Se houve, seria um ato desnecessário,
caso simplesmente a aquisição se desse de forma direta com a distribuidora
regional.
O episódio é nebuloso. Daí porque o
Ministério Público deve atuar chamando as pessoas, entidades e empresas
envolvidas, conferindo documentos fiscais. Afinal, ninguém compra o mesmo
produto mais caro se pode com facilidade comprá-lo mais barato.