“Alguém soltaram” um
papelzinho na tentativa de fazer os pederneirenses pensarem em não votar no ZÉ
45. E focaram justamente a Santa Casa de Pederneiras, que tanto o provedor
defende, não deveria ser tema desta campanha.
O Pedro Tobias quer fechar,
o ZÉ 45 quer fechar? Olha... desde o início desta campanha tenho dito que se
trata de um jogo entre a VERDADE e a
MENTIRA. O ZÉ 45 vai fechar aqui, vai paralisar ali. Quanta farsa! E
desnecessária, porque a disputa será sempre igual, ainda que mentirosos possam
levar vantagem.
O ZÉ 45 não vai fechar
absolutamente nada. Suas propostas vão sempre na direção de fortalecer, incorporar,
melhorar.
Esse papelzinho que “alguém
soltaram” me faz resgatar, de novo uma história real, verdadeira, de quem
deliberadamente pretendia fechar primeiro o pronto socorro municipal, depois a
própria Santa Casa. Trata-se do ex-prefeito Giácomo Bertolini. Este sim, não
pretendia ter qualquer responsabilidade com a saúde da população e, se pudesse –
como não é muito diferente nos dias atuais – transferia tudo para que a União
ou o Estado fizessem e ganhar os louros do “eu fiz”.
Eia a história real, que
comprova que o DNA de fechar serviço público não pertence, de forma alguma, ao
ZÉ 45. E tirem suas conclusões:
Ano de 1995, mês de
novembro. A Santa Casa anunciava dificuldades que poderiam levar à paralisação
do atendimento aos usuários do SUS e o fechamento do pronto socorro. Uma
catástrofe por vir.
O prefeito de então (Giácomo
Bertolini) dizia que o problema não cabia a ele, que era de gerenciamento da
instituição. Como não era
dele o problema? Era sim! Afinal, era em Pederneiras que as pessoas que
precisavam de atendimento médico-hospitalar moravam. E ele, Giácomo, era o prefeito.
Claro que tivesse acontecido o tal fechamento quem sofreria com as consequências seriam
as pessoas mais pobres, mais carentes.
Era incrível a capacidade
da teimosia. Parecia brincadeira de mau gosto, como se não estivéssemos
tratando de coisa de gente, saúde de pessoas, vidas humanas.
O Valdir Mazzo tinha um
carro de som. Preparamos um texto – que ele nem utilizou porque fazia o chamamento
ao microfone mesmo – e a mobilização rolou por toda a cidade. Tratava-se de
convidar o povo para dar um abraço no pronto socorro como sinal de protesto e,
ao mesmo tempo, de proteção à entidade e aos que ali precisavam ser
atendidos.
Dia marcado, as pessoas
desciam dos ônibus ou seguiam a pé. Não demorou, na hora combinada, o abraço
aconteceu. E foi tão grande que quase deu a volta em toda quadra da Santa Casa.
E foi tão forte que surtiu efeito imediato.
O atendimento ao SUS
continuou e o pronto socorro permaneceu aberto para aqueles que dele se
socorriam.
Quem lembra disso?